A Bahia terá em breve um polo industrial específico para as áreas de petróleo e gás natural e naval. Pré-batizado 'Polo 2 de Julho', em referência à data magna do estado, o complexo será construído no Recôncavo, em Maragogipe, e terá investimento de R$ 1,5 bilhão das construtoras OAS, Odebrecht e UTC e a empresa de consultoria financeira Ask Capital. Empreendimento atenderá cerca de 90 companhias, incluindo empresas âncoras e seus fornecedores diretos e indiretos.
As quatro empresas responsáveis pelo projeto assinam nesta terça-feira (26) com o governo da Bahia o protocolo de intenções para o desenvolvimento do complexo industrial. Segundo o presidente da Ask Capital, Carlos Castro, o estudo e o relatório de impacto ambiental (EIA/Rima) do empreendimento já foram concluídos e a expectativa é começar a terraplenagem dentro de 90 dias. O início das operações está previsto para o fim de 2014.
Enquanto viabiliza a construção do empreendimento junto ao governo baiano, o consórcio responsável pelo polo industrial está conversando com potenciais empresas interessadas em se instalar no local. "Todas as empresas do Brasil e internacionais que atuam nesse setor no país já foram contactadas", disse Castro em matéria no jornal Valor Econômico.
O polo será implantado no modelo "build to suit", em que as construtoras farão as instalações e alugarão o espaço para as empresas interessadas. Segundo o executivo, esse desenho favorece a atração de companhias, que não terão de fazer um investimento inicial pesado na construção e apenas se concentrar na sua atividade fim, pagando um aluguel à administração do polo.
O complexo será uma espécie de "shopping center industrial", que contará com facilidades como cozinha industrial, hotelaria, bancos e hospitais. A maioria desses itens, obrigatória para qualquer fábrica, será instalada pelo complexo e compartilhada por todo o "condomínio".
Outro ponto favorável é a relativa proximidade do polo com a promissora Bacia de Sergipe-Alagoas, onde estão sendo feitas relevantes descobertas de petróleo e no país. No setor, comenta-se sobre uma possível reserva gigante de petróleo na região.